Blog

12 jan 2024

Mortalidade e apneia do sono

Este estudo de Terry Young e colaboradores aborda a relação entre Transtornos Respiratórios do Sono (TRS) e a mortalidade ao longo de 18 anos. Os TRS, comuns mas muitas vezes não diagnosticados, são conhecidos por sua ligação com doenças cardiovasculares e outras morbidades sérias.

Metodologia O estudo acompanhou 1522 participantes da “Wisconsin Sleep Cohort” desde 1988, usando polissonografia para avaliar TRS. Os participantes foram classificados em níveis de TRS baseados no Índice de Apneia-Hipopneia (IAH), considerando fatores como idade, sexo e Índice de Massa Corporal (IMC).

Resultados A análise mostrou um aumento significativo no risco de mortalidade por todas as causas com a gravidade dos TRS. A taxa de risco (Hazard Ratio – HR) ajustado para mortalidade por todas as causas era de 3,0 para TRS grave em comparação com nenhuma TRS. Em relação à mortalidade cardiovascular, o HR ajustado para TRS grave era de 5,2.

Resumindo, a chance de óbito de apneicos graves é 3 vezes maior que um indivíduo sem apneia e 5,2 vezes maior, quando se fala em mortalidade cardiovascular.

Conclusões O estudo evidencia que os TRS graves estão fortemente ligados a um aumento significativo no risco de mortalidade, destacando a necessidade de diagnóstico precoce e tratamento eficaz, independentemente da presença de sintomas de sonolência. Para os profissionais da saúde, é vital estar atento aos riscos associados aos TRS, mesmo na ausência de sintomas clássicos.

Implicações para Profissionais da Saúde Os resultados enfatizam a importância do reconhecimento e tratamento dos TRS. Os gráficos inclusos ilustram visualmente a gravidade dos riscos associados, servindo como um recurso valioso para a comunicação desses riscos aos pacientes.

Prof. Dr. Pedro Pileggi Vinha

Fonte: Young T, Finn L, Peppard PE, et al. Sleep disordered breathing and mortality: eighteen-year follow-up of the Wisconsin sleep cohort. Sleep. 2008;31(8):1071-1078.

× Informações sobre cursos?